SALADAS E MOLHOS

Minha família sempre foi de fazer saladões – minha mãe e minha irmã são especialistas em fazer umas lindas e deliciosas em grandes pratos. Eu adoro também, mas confesso que às vezes me dá (dava) preguiça de lavar e cortar todos os ingredientes – isso porque não me contento em fazer a tradicional alface tomate e mais algum legume, dispostos separadamente como a maioria das que vemos por aí. Salada pra mim tem que ser misturada, ter um monte de ingredientes que dêem um contraste colorido, que fique bonito.

Nas minhas férias vi muitas saladas lindas sendo consumidas como prato principal – eu comi várias. E dá pra ser, porém acho que tem uma regrinha: salada pra ser refeição tem que ter um queijo, ou uma carne, ou algum fruto do mar, um frango, kani ou ainda terrine.

Voltei muito estimulada a fazer muitas saladas, e já que o calorzinho começou, dá mais vontade de comer e preparar. Mas mudei um pouco o estilo: no momento, estou curtindo mais fazer saladas individuais, montadas uma a uma em cada prato, pois fica muito mais artístico e, consequentemente, mais saboroso.

Ah, e desculpem os puristas, mas eu gosto de cortar a salada. Sirvo em pedaços grandes, mas depois de temperar adoro cortar pra misturar os sabores. Alguns dizem que é um sacrilégio ou até falta de etiqueta, mas, com licença, eu adoro assim, fazer o que...

Estou postando algumas fotos de saladas que comi lá e algumas que preparei aqui – são fotos muito mais pra ilustrar, inspirar e dar idéias – não vejo necessidade de colocar uma receita formal, pois fazer salada é a arte de exercitar a liberdade de escolher o que se gosta e misturar com bom gosto.


Divina: abacate misturado com camarão, sobre folhas verdes, tomate, pepino, cebola e um molho com um pouco de requeijão
 
Linda, né? Beterraba, alface americana, abóbora cabotia, rúculas baby hidropônicas, tomate gaúcho.

Alface, tomate, limão siciliano, ovos, chuchu refogado, cenoura ralada, vagem refogada, atum e anchovas (eu dispensaria a anchova, mas é gosto pessoal)

Limão siciliano, bacon, tomate, folhas verdes, azeitonas pretas, cenoura ralada e torradinhas com pedaços de queijo tipo quark
Alface americana, rúcula, tomate gaúcho, couve flor, tomate seco, com molho de ovos e orégano
Essa é incrível: alface, tomate, limão siciliano, peito de pato, fígado de frango refogado, cenoura ralada.
MOLHO FRANCES DE SALADA

Agora: o que dá pra inventar mesmo são receitas de molhos pra salada.
Confesso que tenho preconceito com os molhos industrializados para salada, por isso faço alguns diferentes, dependendo do tipo de salada – mas escolho ao meu gosto, e também não vejo necessidade de criar alguma regra com isso.

Essa receita de molho que vou colocar foi ensinada pela minha prima Aglaé, quando cheguei de Marseille e perguntei a ela “que molho é esse que via em diversas saladas francesas?”. Ela me falou sobre os ingredientes, também com liberdade nas quantidades, e comecei a testar em casa pra chegar ao sabor que eu queria perseguir, semelhante aos das saladas maravilhosas que comi por lá.

Vamos aos ingredientes para dois pratos de salada.
  • 1 rodela de limão siciliano espremido
  • 1 colher de sobremesa de mel
  • 1 colher de sobremesa de mostarda (dê preferência pelo tipo Dijon que, na minha opinião, tem o melhor sabor. Mas se você quer mais picância, pode escolher uma mostarda mais “pegada”)
  • 2 colheres de vinagre branco – de arroz ou álcool
  • 1/3 de xícara de azeite de oliva
  • Sal se achar necessário



Como fazer:
Primeiro coloque a mostarda e comece a derramar aos poucos o azeite de oliva – como se fosse uma maionese que vai crescendo. Vá misturando sempre.
Depois de ficar consistente e “crescido”, coloque os demais ingredientes, misture bem e prove. Vai ficar picante e com um toque adocicado.

Sobre o sal: eu não vejo necessidade de colocar sal, pois a mostarda já dá uma salgadinha no molho. Mas prove e decida.

E viva a liberdade.

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